
Parece que o Brasil conseguiu escapar — pelo menos parcialmente — do furacão tarifário que Donald Trump ameaçava trazer para o comércio internacional. Segundo dados fresquinhos do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), nada menos que 44,6% do que vendemos aos Estados Unidos continuarão livres desses impostos extras.
Não é pouco, hein? Quase metade da nossa pauta de exportações para o Tio Sam pode respirar aliviada. O anúncio veio nesta quarta-feira (31), depois de semanas de suspense que deixaram muitos exportadores com os cabelos em pé.
O que isso significa na prática?
Bom, pra começar, setores como o de café e sucos de frutas — que são nossos carros-chefes por lá — continuarão com acesso privilegiado ao mercado americano. Já outros produtos, como alguns tipos de aço e peças automotivas, vão ter que encarar a música.
"A gente sabia que não ia sair ileso, mas o estrago poderia ser bem pior", comentou um analista do setor que preferiu não se identificar. E ele tem razão: se dependesse só da retórica inflamada de Trump nas redes sociais, a situação estaria bem mais complicada.
E os outros 55,4%?
Aí a história muda de figura. Produtos como:
- Certos tipos de máquinas industriais
- Componentes eletrônicos
- Partes de turbinas eólicas
...vão sentir o baque. Mas calma lá — não é o fim do mundo. Muitos exportadores já vinham se preparando para esse cenário desde o ano passado, quando os primeiros sinais apareceram.
O MDIC garante que está de olho na situação e promete "acompanhar de perto os desdobramentos". Entre linhas, isso significa que a equipe econômica deve ficar de prontidão para negociar exceções onde for possível.
No meio de tanta turbulência no comércio global, essa notícia chega como um alívio — ainda que parcial — para nossos exportadores. Resta saber agora como os outros países vão reagir às medidas americanas e que efeito isso terá na já complicada geopolítica econômica mundial.