Imagine se preparar meses — ou até anos — para um concurso público e, de repente, descobrir que seus dados pessoais estão expostos como figurinhas num álbum de futebol. Foi exatamente isso que aconteceu com centenas de candidatos em João Pessoa, e a coisa tá feia.
A prefeitura local, que deveria ser a guardiã dessas informações, acabou virando o vilão da história. Documentos com CPF, endereços e até renda familiar foram parar numa lista de acesso público. "É de cair o queixo", diz um concurseiro que preferiu não se identificar — e quem pode culpá-lo?
O estrago tá feito
Não foi um vazamentozinho qualquer. Estamos falando de:
- Dados financeiros delicados
- Informações residenciais precisas
- Situação familiar detalhada
"Me sinto violado em todos os sentidos", desabafa outro candidato, enquanto ajusta os óculos com mãos trêmulas. E não é pra menos — num país onde a violência urbana não dá trégua, isso é praticamente uma carta aberta para golpistas.
E agora, José?
A prefeitura, é claro, se enrolou toda pra explicar. Primeiro disseram que foi "erro técnico", depois balbuciaram algo sobre "falha no sistema". Sabe aquela desculpa esfarrapada que ninguém engole? Pois é.
Enquanto isso, os concorrentes ficam se perguntando:
- Quem mais teve acesso a esses dados?
- Como garantir que isso não vai afetar o processo seletivo?
- Vão pelo menos pedir desculpas direito?
Juristas já esfregam as mãos — e não de alegria. A LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) não é brincadeira, e as multas podem doer mais que nota baixa em prova oral.
O recado tá dado: quando o assunto é privacidade, "desculpe, a gente errou" não cola mais. Principalmente quando vidas — e carreiras — estão em jogo.
