
Quem diria, hein? Aquele concurso do Ministério Público de Mato Grosso do Sul que tinha chocado todo mundo ao reprovar absolutamente todos os candidatos — sim, você leu certo, 100% — acaba de dar uma guinada dramática. Nove pessoas conseguiram a aprovação depois de uma revisão dos recursos. Nove!
Parece até roteiro de novela, mas é a pura verdade. A lista final saiu nesta terça-feira (9), e a sensação é de alívio misturado com incredulidade. Como é que algo assim acontece?
O que mudou entre a primeira e a última análise?
Os cargos em disputa eram para níveis médio e superior, com salários que beiram os R$ 10 mil — uma grana e tanto, convenhamos. Na primeira correção, zero aprovações. Zero. Nada. Mas aí entraram os recursos, e a banca examinadora (a organizadora foi a Fundação Getulio Vargas, a FGV) reevaluou as respostas. E descobriu que, bem, talvez a coisa não fosse tão preto no branco assim.
Nove candidatos, inicialmente barrados, tiveram suas redações reavaliadas e atingiram a nota mínima. A prova discursiva, claro, foi o grande filtro. E olha só: desses nove, oito são para o cargo de técnico ministerial — e um para analista.
E agora? Como fica a nomeação?
Bom, os aprovados ainda não podem comemorar com tudo — pelo menos não até sair a convocação. O MPMS já adiantou que as nomeações vão depender da disponibilidade orçamentária. Traduzindo: vai ter que caber no caixa.
E tem mais. Se sobrarem vagas — porque é possível que alguns desistam ou não assumam —, a lista de aprovados ainda pode ser remanejada. Ou seja, o suspense continua.
Ah, e detalhe importante: a validade do concurso é de dois anos, prorrogável por mais dois. Ou seja, tem prazinho pela frente.
No fim das contas, a moral da história é clara: recurso é direito, e persistência — às vezes — paga. Nove pessoas descobriram isso na pele.