
Quem disse que universidade pública só serve para formar profissionais? A Unicentro está provando que vai muito além — e de um jeito que faz diferença direta no bolso das famílias do campo.
Num daqueles projetos que a gente pensa: "Por que não fizeram antes?", a universidade criou um programa tão simples quanto genial. A ideia? Transformar o que já existe nas propriedades rurais em fonte de renda extra.
Mão na massa — e no conhecimento
Os extensionistas da Unicentro não chegam com discurso pronto. Eles escutam primeiro. Analisam a realidade de cada família. Depois, partem para a ação:
- Capacitação em técnicas de manejo sustentável
- Otimização do uso dos recursos naturais
- Diversificação da produção
- Criação de valor agregado aos produtos
O resultado? Agricultores que antes mal conseguiam tirar o sustento básico agora faturam até 30% a mais. E o melhor: sem precisar investir fortunas.
Casos que inspiram
Na região de Irati, dona Maria — que prefere não revelar o sobrenome — transformou seu quintal numa mina de ouro. "Antes era só pra consumo. Agora vendo polpa de fruta congelada pra três cidades vizinhas", conta, orgulhosa.
Já no município de Guarapuava, o senhor João Batista inovou. Aprendeu a fazer doces artesanais com frutas que antes apodreciam no pé. "Tá difícil dar conta da encomenda", ri, mostrando a agenda cheia.
E tem mais: cooperativas se formaram, redes de comércio justo surgiram, e o que era produção isolada virou negócio coletivo. Tudo com aquele jeitinho paranaense de fazer as coisas — pé no chão, mas com visão longe.
Educação que colhe resultados
O reitor da Unicentro não esconde o orgulho: "Isso aqui é universidade pública trabalhando como deve ser". E os números comprovam:
- Mais de 200 famílias atendidas
- 15 comunidades rurais impactadas
- Geração de 12 novas fontes de renda
- Redução de até 40% no desperdício de alimentos
Quer prova melhor de que conhecimento, quando bem aplicado, vira desenvolvimento real? A receita parece simples, mas exige dedicação — e a Unicentro está mostrando que tem de sobra.
Enquanto muitos discutem teorias em gabinetes climatizados, professores e alunos da universidade estão lá, no barro mesmo, ajudando a escrever uma nova história para o campo paranaense. E olha, essa colheita promete.