
Parece piada de mau gosto, mas é a mais pura realidade: aquelas mangas suculentas que você adora podem acabar apodrecendo nos pés antes mesmo de chegarem ao mercado. E o culpado? Uma tarifa absurda de 50% imposta pelos Estados Unidos — que está deixando os produtores brasileiros de cabelo em pé.
O tiro saiu pela culatra
Quando o governo americano anunciou a medida, ninguém — absolutamente ninguém — imaginou que o estrago seria tão grande. "É como se jogassem um balde de água fria na nossa produção", desabafa um exportador que prefere não se identificar (e a gente entende porquê).
Os números assustam:
- Quase 30% da safra em risco
- Prejuízos que podem passar dos R$ 100 milhões
- Mercados alternativos ainda engatinhando
E agora, José?
Enquanto os burocratas discutem, lá no campo a situação é de "enxugar gelo". Alguns produtores já estão pensando em:
- Reduzir drasticamente a colheita
- Buscar novos compradores às pressas
- Até mesmo arrancar pés de manga — algo impensável há seis meses
"A gente trabalha o ano inteiro pra isso?", questiona Maria do Carmo, produtora de Juazeiro (BA), enquanto mostra mangas perfeitas que podem virar adubo. A voz dela treme — e com razão.
O lado B da história
Os EUA alegam "proteção ao mercado interno", mas especialistas torcem o nariz. "É claramente retaliação", dispara um economista que acompanha o caso há anos. E o pior? Isso pode ser só o começo de uma guerra comercial que ninguém pediu.
Enquanto isso, nas prateleiras americanas, a manga brasileira — antes campeã de vendas — deve sumir ou ficar com preços proibitivos. Quem sai perdendo? Todo mundo: do agricultor nordestino ao consumidor no Texas.
PS: O Ministério da Agricultura promete "ações", mas ninguém segura a respiração. A safra não espera.