Parece coisa de filme de terror, mas é realidade: uma planta invasora, daquelas que parecem inofensivas, está dando dor de cabeça em produtores rurais de Mato Grosso do Sul. E não é brincadeira — essa intrusa silenciosa pode dizimar pomares inteiros se nada for feito.
A tal da Cuscuta, um parasita que se enrola nas plantas como um abraço mortal, está se espalhando feito rastro de pólvora pelos laranjais da região. "É como um vampiro vegetal", brinca um técnico agrícola, antes de ficar sério: "Mas a piada acaba quando você vê o estrago".
O plano de guerra contra a praga verde
A prefeitura local, junto com associações de agricultores, está montando uma operação de resgate para salvar as culturas. A estratégia? Uma combinação de:
- Remoção manual (sim, vai ter gente arrancando planta no braço)
- Controle biológico (insetos que são os "inimigos naturais" da praga)
- Monitoramento constante (como se fosse uma UTI para as plantas)
"Já perdemos quase 10% da produção em algumas áreas", conta um produtor que prefere não se identificar. A voz dele treme um pouco — dá pra perceber que não é só dinheiro em jogo, mas anos de trabalho duro.
Por que essa planta é tão perigosa?
Essa danadinha não contente em sugar os nutrientes das laranjeiras, ainda produz toxinas que podem:
- Enfraquecer a planta até a morte
- Reduzir a qualidade dos frutos
- Contaminar o solo por anos
Os técnicos explicam que o problema começou pequeno, quase imperceptível. "No começo a gente até achou bonitinho, parecia um enfeite", lembra uma agricultora. Mas quando perceberam, já era tarde — a praga tinha se alastrado feito fogo em capim seco.
Nesta quinta, equipes começam o trabalho de campo. Vão de propriedade em propriedade, ensinando como identificar e eliminar a ameaça. A expectativa? Controlar o avanço em até 60 dias. Mas todos sabem: vai ser uma batalha dura.
Enquanto isso, os produtores fazem o possível. Alguns até inventaram técnicas caseiras — tem quem jure de pé junto que chá de alho ajuda. Cientificamente comprovado? Não. Mas quando o desespero bate, vale tudo.
