O interior de São Paulo reafirmou sua excelência na produção de cafés especiais com a premiação de produtores das regiões de Bauru e Presidente Prudente no 24º Concurso Estadual Qualidade do Café de São Paulo. O evento, que reuniu mais de 400 participantes de 77 municípios, destacou os melhores cafés do estado em diversas categorias.
Vencedores e categorias do concurso
Entre os premiados, Paulo Sonehara conquistou o primeiro lugar na categoria Coffea canephora com 86,25 pontos, representando o município de Getulina com produção registrada desde 2012. O concurso classificou 10 produtores em cinco categorias distintas, divididas entre Arábica (Natural, Cereja Descascado, Fermentado e Orgânico) e Canephora (Conilon e Robusta).
Além de Getulina, outras cidades do interior paulista tiveram cafés especiais entre os melhores do estado. Produtores de Adamantina, Garça, Tupi Paulista e Paulicéia integraram o top 10 em categorias como Coffea arabica Convencional preparado via úmida.
Reconhecimento histórico da região
A região de Garça, conhecida como Alta Paulista, possui Indicação de Procedência (IP) reconhecida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) desde 2022 para café da espécie Coffea arábica. A certificação abrange grãos verdes, torrados e moídos, consolidando a tradição cafeeira local.
Conforme documentação do Governo de SP, os municípios da região compartilham história, tradição e cultura no mercado de café, com atividade praticada por mais de 400 famílias. Os cafés produzidos na área são exportados para mais de 20 países, demonstrando o reconhecimento internacional da qualidade local.
Processo de avaliação e objetivos
O concurso, promovido pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), teve etapas realizadas desde maio, com resultado divulgado em 18 de novembro. A comissão julgadora realizou avaliação sensorial das amostras em outubro, verificando conformidade com regulamento técnico e critérios de classificação.
Os objetivos da iniciativa incluem valorizar produtores paulistas, difundir a qualidade das colheitas e estimular o consumo de cafés especiais com alto valor agregado. A relevância do café no estado não se restringe ao passado, mas continua transformando cidades e impulsionando a economia desde o século XIX.
Nos últimos anos, o solo rico e microclima ideal da região permitiram grande transformação no cultivo, com foco em sustentabilidade e produção de qualidade superior. A tradição cafeeira paulista, portanto, mantém-se vibrante e em constante evolução.
