O mercado brasileiro de frango enfrenta um cenário de alta nos preços e redução na disponibilidade interna do produto. A situação é um reflexo direto da crise causada pela gripe aviária e da retomada gradual das exportações, que redirecionou parte da produção para o mercado externo.
Impacto da gripe aviária e retomada das exportações
Após a confirmação de casos de gripe aviária no país, o setor avícola passou por um período de ajustes e restrições. Com a retomada progressiva dos embarques da proteína para outros países, a oferta destinada ao consumo interno diminuiu. Esse movimento, combinado com os efeitos sanitários da doença, criou um cenário de menor disponibilidade do produto nas prateleiras do varejo brasileiro.
Os dados indicam que o volume atual de exportação se assemelha aos níveis registrados antes da confirmação oficial da gripe aviária. Essa retomada das vendas externas, embora positiva para a balança comercial, exerce pressão sobre o abastecimento doméstico.
Pressão sobre os preços no mercado interno
A consequência mais direta para o consumidor brasileiro tem sido o aumento nos valores do frango. A lei básica da oferta e da demanda entrou em ação: com menos produto disponível no mercado interno e a demanda se mantendo, os preços naturalmente subiram.
Essa alta foi observada nos últimos meses, consolidando uma tendência de encarecimento da proteína. A situação ilustra como um evento sanitário de grande impacto, como a gripe aviária, pode ter efeitos duradouros e em cadeia na economia, afetando desde os produtores até o consumidor final.
Contexto no agronegócio brasileiro
O cenário do frango se insere em um momento dinâmico para o agronegócio nacional. Enquanto um setor se recupera de uma crise, outros também passam por transformações. Recentemente, foram noticiados:
- Queda de 21% no volume de exportação de café no acumulado de 2025.
- Brasil ultrapassando a marca de US$ 14 bilhões em vendas externas de carne bovina.
- Previsão de que o setor de proteína animal deve bater recordes de produção, consumo e exportação em 2025.
Esses movimentos mostram a complexidade e a interdependência das cadeias produtivas do campo. A recuperação do setor avícola é um processo gradual, e a normalização dos preços no mercado interno dependerá do reequilíbrio entre a oferta para exportação e a demanda doméstica.
