
Não é todo dia que uma fruta vira febre — literalmente. No Sul de Minas, os produtores estão correndo contra o tempo para atender à demanda explosiva pelo chamado Morango do Amor, uma variedade tão doce que parece ter saído de um conto de fadas. E olha que a temporada nem começou direito!
Quem diria que esses pequenos vermelhos, quase rubis da terra, dariam tanto o que falar? A colheita, que normalmente ganha força em agosto, já está a todo vapor em estufas de cidades como Pouso Alegre e Estiva. "É como se todo mundo tivesse descoberto o morango pela primeira vez", brinca João da Silva, agricultor com 30 anos de experiência.
O que faz esse morango diferente?
Ah, aí está o pulo do gato — ou melhor, do morango:
- Textura que derrete na boca (sem exagero!)
- Doçura equilibrada, sem aquele ácido que faz a gente franzir a testa
- Aroma que invade a cozinha antes mesmo de abrir a embalagem
E tem mais: parece que essa variedade específica — desenvolvida por acaso num projeto de pesquisa esquecido — resiste melhor às pragas. Quer prova maior de amor da natureza?
Impacto no bolso
Enquanto o morango comum gira em torno de R$ 15 o kilo nos atacados, o "amoroso" chega a valer o dobro. E ainda assim some das prateleiras em questão de horas. "É uma loucura que a gente nem planejou", admite Maria Souza, dona de uma distribuidora que já tem lista de espera até outubro.
Mas calma lá que nem tudo são flores — ou morangos. Alguns produtores reclamam que a antecipação da colheita bagunçou o planejamento anual. "Tive que contratar 10 pessoas às pressas", conta um agricultor que prefere não se identificar. Problema bom, diriam alguns.
E você, já provou essa iguaria que está dando o que falar? Se ainda não, corre — ou melhor, voa — porque essa febre parece longe de acabar!