
O campo parece estar prestes a enfrentar tempos turbulentos — pelo menos é o que indica a análise recente da FAESP. A entidade, que costuma acertar em cheio nas previsões, está soando o alarme: a partir de agosto, o setor produtivo pode dar sinais claros de fadiga.
Não é exagero. Os números, quando você para pra olhar com calma, mostram uma realidade que preocupa. A combinação perigosa de custos que não param de subir (e como!) com a queda nas margens de lucro está criando um cenário que, francamente, não dá pra ignorar.
O que está por trás dessa previsão?
Primeiro, vamos aos fatos. A FAESP aponta três fatores principais que vão pesar como concreto no pé do produtor:
- Os insumos agrícolas continuam com preços nas alturas — e sem perspectiva de alívio
- O crédito rural, aquele que era pra ser a salvação, está mais difícil que encontrar agulha no palheiro
- E pra completar, o mercado externo anda mais instável que barco em mar revolto
"A gente já vinha sentindo o aperto desde o começo do ano", comenta um produtor de grãos que preferiu não se identificar. "Mas se a coisa continuar assim, agosto pode ser o mês que vai separar o joio do trigo."
Efeito dominó no campo
O pior? Essa desaceleração não vai ficar restrita às lavouras. Quando o agronegócio espirra, o Brasil inteiro pega pneumonia — ou quase isso. Estamos falando de:
- Menos investimentos em máquinas e equipamentos
- Redução na contratação de mão de obra temporária
- Queda na arrecadação de municípios que dependem do setor
Não é à toa que os especialistas estão com a pulga atrás da orelha. "Tem horas que a gente se pergunta se o pior já passou ou se ainda está por vir", reflete um economista do setor, entre um gole de café e outro.
E você, acha que o agronegócio brasileiro vai conseguir contornar mais essa? Ou será que o segundo semestre vai exigir mais do que a resiliência habitual do homem do campo?