
O Brasil, maior produtor e exportador de café do mundo, registrou um desempenho excepcional no primeiro semestre de 2024. Mesmo com a alta nos preços dos grãos, as exportações atingiram um volume recorde, superando as expectativas do mercado.
Segundo dados divulgados pelo setor, o país exportou mais de 40 milhões de sacas apenas nos primeiros cinco meses do ano, um aumento significativo em relação ao mesmo período de 2023. Esse crescimento reforça a posição do Brasil como líder global no mercado cafeeiro.
Fatores que impulsionaram o recorde
Vários fatores contribuíram para esse desempenho excepcional:
- Demanda internacional aquecida: Países como Estados Unidos, Alemanha e Itália aumentaram suas importações.
- Qualidade dos grãos: A safra 2023/2024 apresentou excelente qualidade, atraindo compradores premium.
- Desvalorização do real: A moeda brasileira mais fraca tornou as exportações mais competitivas.
Impacto nos preços
Apesar do aumento na produção, os preços do café continuam elevados no mercado internacional. Especialistas apontam que:
- Problemas climáticos em outros países produtores reduziram a oferta global.
- Os custos de logística e transporte permanecem altos.
- A inflação mundial continua impactando os preços das commodities.
Analistas projetam que essa tendência de alta nos preços deve continuar pelo menos até o terceiro trimestre de 2024.
Perspectivas para o segundo semestre
Com a colheita da nova safra começando em maio, as expectativas são positivas para o restante do ano:
"Temos tudo para bater novo recorde anual, desde que o clima continue favorável", afirma o presidente do Conselho Nacional do Café.
O setor estima que as exportações podem ultrapassar 100 milhões de sacas até dezembro, o que representaria um crescimento de cerca de 15% em relação a 2023.