
O cenário nos campos de Roraima parece pintado a ouro — literalmente. Os produtores rurais começaram a colher os primeiros grãos de soja da safra 2025/2026, e o clima (tanto o meteorológico quanto o do mercado) não poderia ser mais promissor.
"A gente tá com a faca e o queijo na mão", brinca José Almeida, agricultor de 47 anos que trabalha na região há duas décadas. Ele não esconde o sorriso ao falar das previsões: "Se o tempo ajudar, batemos recorde fácil".
Números que impressionam
Segundo dados preliminares — e aqui a gente torce para que se confirmem — a área plantada cresceu quase 8% em relação ao ano passado. Isso significa aproximadamente 85 mil hectares dedicados ao "ouro verde" do agronegócio brasileiro.
- Produtividade estimada: 60 sacas por hectare (5% acima da média histórica)
- Preço da saca: R$ 180 (quase 20% mais valorizado que em 2024)
- Geração de empregos: cerca de 3 mil postos diretos
Não é pouca coisa, né? Principalmente para um estado que ainda é "o menino novo no bloco" quando o assunto é soja.
Desafios e soluções criativas
Claro que nem tudo são flores — ou melhor, grãos. O transporte ainda é um obstáculo (Roraima fica longe dos principais portos, todo mundo sabe), mas os produtores estão encontrando jeitos de contornar isso.
"A gente faz parceria com caminhoneiros da região, divide custos... É tudo no improviso, mas tá funcionando", conta Maria Santos, que administra uma propriedade familiar em Boa Vista. Ela destaca ainda o uso de tecnologias simples, mas eficientes: "Até WhatsApp a gente usa pra negociar frete!".
E tem mais: o clima seco deste ano — que normalmente seria um problema — acabou ajudando na colheita antecipada. Ironia do destino ou sorte de principiante? Difícil dizer.
O que esperar do futuro?
Os especialistas estão cautelosamente otimistas. "Roraima tem potencial pra ser o novo eldorado da soja", opina o economista agrícola Carlos Mendes, antes de fazer uma ressalva: "Mas precisa de infraestrutura, claro. Sem isso, fica difícil".
Enquanto isso, nos armazéns do interior, o movimento não para. Caminhões chegando e saindo, balanças trabalhando sem parar, e aquela poeira característica que gruda até na alma. Sinais de que, pelo menos por enquanto, a máquina do agronegócio em Roraima está funcionando a todo vapor.
E você, acha que o estado vai mesmo virar potência da soja? Só o tempo — e os próximos boletins de safra — vão dizer.