
Eis uma notícia que vai deixar o seu café da manhã ainda mais saboroso: a China — sim, aquela gigante asiática que não para de crescer — acabou de abrir as portas para o nosso querido café brasileiro. E não foi pouco não: 183 exportadores nacionais receberam o aval para levar nossos grãos torrados e solúveis direto para os chineses.
Quem diria, hein? Aquele mesmo país do chá milenar agora quer provar do nosso ouro negro. E olha que não é qualquer café — estamos falando de produtos processados, com valor agregado, que deixam o Brasil menos dependente da venda de grãos crus.
O que muda no jogo?
Pra começar, é uma mudança e tanto. Até então, a China só comprava café verde (aquele cru, sem torrar) do Brasil. Agora, com essa autorização publicada no Diário Oficial chinês no último dia 19, nosso produto pode chegar lá já pronto para o consumo.
- 183 empresas brasileiras habilitadas
- Autorização para café torrado e solúvel
- Mercado potencial de 1,4 bilhão de consumidores
E tem mais: segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), isso pode ser só o começo. "É um marco histórico", dizem por lá, com aquela empolgação de quem vê o negócio decolar.
Por que isso é grande coisa?
Pensa comigo: a China é o maior mercado consumidor do planeta, mas o café por lá ainda é coisa de nicho. Só que — e aqui vem o pulo do gato — o consumo cresce a taxas chinesas (entendeu o trocadilho?). Em 2022, importaram US$ 1,08 bilhão em café. Uma migalha para eles, mas um banquete para nós.
E tem detalhe que faz diferença: enquanto o mundo todo discute recessão, os chineses seguem tomando café como nunca. Dá pra imaginar o potencial?
E o Brasil nessa história?
Nosso país já é o maior produtor de café do mundo, mas vive engasgado com a venda de matéria-prima bruta. Essa abertura chinesa pode ser a virada de chave que a indústria nacional precisava para ganhar mais valor na cadeia.
Ah, e não pense que foi fácil. O processo de habilitação das empresas levou meses de negociação entre os governos — uma verdadeira maratona burocrática que, agora, mostra seus frutos (ou melhor, seus grãos).
Pra quem produz café no Brasil, é como receber uma carta-convite para a festa mais exclusiva do ano. Só que, nesse caso, a festa não acaba nunca — porque o apetite chinês, quando desperta, é insaciável.