O mercado de proteínas animais apresenta uma mudança significativa no cenário competitivo da Grande São Paulo. A carne suína se mantém mais competitiva em relação à bovina, com uma diferença de preço que ultrapassa os R$ 9 por quilo entre as carcaças.
Análise do Cepea confirma vantagem da suína
Os dados mais recentes do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), divulgados em 28 de novembro de 2025, comprovam essa tendência no mercado atacadista da região metropolitana de São Paulo. A pesquisa mostra que a competitividade da proteína suína vem se consolidando como uma alternativa econômica para consumidores e comerciantes.
O estudo aponta que a diferença de preços entre as duas proteínas atingiu patamares significativos, influenciando diretamente as decisões de compra no varejo e no atacado. Os R$ 9 por quilo de diferença representam um dos maiores gaps já registrados recentemente entre os dois produtos.
Fatores que impulsionam a competitividade
Vários elementos contribuem para esse cenário favorável à carne suína. Entre eles, destaca-se a maior eficiência produtiva da cadeia suinícola brasileira, que vem investindo em tecnologia e melhoramento genético nos últimos anos.
Outro aspecto relevante é a sazonalidade de produção da carne bovina, que enfrenta desafios diferentes da suinocultura. A elasticidade de preço da proteína suína também tem se mostrado mais favorável, especialmente em períodos de ajuste econômico.
Impactos no mercado consumidor
Essa diferença de preços está causando uma reconfiguração nos hábitos de consumo na região da Grande São Paulo. Restaurantes, redes de fast-food e consumidores finais estão reavaliando suas escolhas proteicas diante da vantagem econômica apresentada pela carne suína.
Especialistas do setor alimentício apontam que a tendência deve se manter pelos próximos meses, considerando os ciclos produtivos de cada cadeia e as condições de mercado atuais. A competitividade da suína representa uma oportunidade para diversificação do cardápio brasileiro.
O cenário atual demonstra como as dinâmicas de preço podem influenciar profundamente o comportamento do mercado de proteínas, com a carne suína conquistando espaço que antes era predominantemente ocupado pela bovina na região mais populosa do país.