
O café arábica, um dos produtos mais importantes do agronegócio brasileiro, registrou uma queda expressiva em seu preço durante o mês de junho. Após um recuo superior a 15%, a saca de 60 kg voltou a ser cotada abaixo da barreira psicológica de R$ 2 mil.
Essa redução reflete as oscilações do mercado internacional de commodities, influenciado por fatores como a safra recorde em algumas regiões produtoras e a desaceleração da demanda global. Especialistas apontam que o cenário pode se manter nos próximos meses, dependendo das condições climáticas e do comportamento dos compradores.
Impacto no mercado interno
Produtores e exportadores estão atentos às variações, que podem afetar diretamente o planejamento financeiro do setor. Enquanto alguns comemoram a possibilidade de comprar o produto a preços mais baixos, outros temem pela rentabilidade das próximas safras.
O café arábica é um dos carros-chefes da economia brasileira, especialmente em estados como Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo. A volatilidade dos preços exige estratégias de proteção contra riscos, como o uso de contratos futuros.
Perspectivas para o segundo semestre
Analistas do mercado agrícola projetam que os preços podem se estabilizar nos próximos meses, mas ainda sob pressão. A colheita em andamento e o volume de estoques serão determinantes para o comportamento das cotações.
Para os consumidores, a queda no preço da saca pode não se refletir imediatamente no valor final do produto nas prateleiras, devido a outros custos envolvidos na industrialização e distribuição.