O setor cafeeiro brasileiro respira aliviado após o anúncio da redução da sobretaxa de 40% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos agrícolas do Brasil. A medida, decretada pelo presidente norte-americano Donald Trump na quinta-feira (20), representa um alívio econômico significativo para os exportadores de café.
Fim do pesadelo tarifário
Em entrevista exclusiva ao Record News Rural, Marcos Matos, diretor-geral do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), não escondeu o alívio com a decisão. "Nós viramos a página de um pesadelo, um pesadelo que poderia virar uma tragédia se entrássemos em 2026 com as tarifas. E, finalmente, a gente pode celebrar", declarou o executivo.
Matos foi enfático ao descrever o impacto que a manutenção da tarifa teria sobre o setor: "Se a gente estendesse isso para o ano que vem, é um prejuízo irreparável. Chegamos a calcular até US$ 4 bilhões (cerca de R$ 21,5 milhões de reais) em danos já, entre 25 e 26".
Números que assustavam
Os cálculos do Cecafé indicavam que a permanência da sobretaxa poderia causar:
- Prejuízos acumulados de até US$ 4 bilhões entre 2025 e 2026
- Danos irreparáveis à competitividade do café brasileiro
- Risco de crise no setor cafeicultor até 2026
A retirada da tarifa extra chega em um momento crucial para o agronegócio brasileiro, evitando que o setor enfrentasse uma das maiores ameaças dos últimos anos.
Alívio imediato e perspectivas positivas
Com a medida anunciada por Trump, os exportadores de café podem agora replanejar suas estratégias de mercado com mais segurança. A decisão representa não apenas um alívio financeiro imediato, mas também a restauração da confiança nas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos.
O setor cafeeiro, que sempre foi um dos carros-chefe das exportações brasileiras, volta a respirar com mais tranquilidade e projeta um futuro mais estável para os negócios com seu principal parceiro comercial.