Do Outback à Cidade-Fazenda: Agricultores Australianos Conhecem Inovação no Centro FAG
Australianos conhecem fazenda escola do Centro FAG

Imagine cruzar meio mundo para descobrir que o futuro da agricultura está brotando bem aqui no Paraná. Foi exatamente isso que aconteceu com um grupo de produtores rurais australianos que desembarcaram em Cascavel na última semana. E olha, a experiência foi daquelas que ficam na memória - e no coração.

A delegação, composta por agricultores experientes da região de Queensland - sim, aquela terra dos cangurus e coalas - veio especificamente para conhecer a Fazenda Escola do Centro Universitário FAG. E não foi uma visita qualquer. Eles passaram dias imersos no local, trocando ideias, compartilhando desafios e, principalmente, aprendendo uns com os outros.

O que mais chamou a atenção?

Os australianos ficaram particularmente impressionados com a integração entre teoria e prática. "Na Austrália, temos grandes propriedades, mas ver uma instituição de ensino funcionando como uma fazenda completa, isso é raro", comentou um dos visitantes, ainda maravilhado com o que viu.

E não era para menos. A Fazenda Escola do FAG não é apenas um laboratório a céu aberto - é um ecossistema completo onde os alunos aprendem desde o plantio até a comercialização, passando por todas as etapas da produção agrícola. Uma imersão total, digamos assim.

Tecnologia que surpreende

Os sistemas de irrigação inteligente foram um dos grandes destaques. Os australianos, acostumados a lidar com escassez hídrica em seu país, se mostraram genuinamente interessados nas soluções brasileiras para o uso racional da água.

Mas vai além disso. As práticas sustentáveis de manejo do solo, os métodos integrados de produção e, claro, a forma como a tecnologia é aplicada no dia a dia da fazenda - tudo isso gerou discussões ricas e promissoras.

"É incrível como conseguem unir tradição e inovação", observou outro membro da comitiva, enquanto acompanhava uma demonstração de agricultura de precisão.

Mais do que uma visita

Essa troca não foi casual. Faz parte de um programa de internacionalização que o Centro FAG vem desenvolvendo nos últimos anos. A instituição tem buscado parcerias mundo afora - e dessa vez conseguiu atrair atenção do hemisfério sul.

Os professores brasileiros, por sua vez, também aproveitaram para aprender com os métodos australianos. Afinal, quem não quer conhecer as técnicas de um país que é potência agrícola há décadas?

O clima durante os dias de visita foi de verdadeira colaboração. Rolaram discussões técnicas, compartilhamento de experiências e, quem sabe, o início de algumas parcerias que podem render frutos no futuro.

O que fica dessa experiência?

Para os alunos do FAG, foi uma oportunidade única. Conversar com produtores que enfrentam desafios similares em outro continente? Isso não tem preço. Muitos ficaram surpresos ao descobrir que, apesar das diferenças climáticas e geográficas, os problemas da agricultura têm muito em comum mundo afora.

Já os australianos levaram na bagagem não só conhecimento técnico, mas também a certeza de que o Brasil - e especialmente o Paraná - tem muito a oferecer quando o assunto é inovação no campo.

E cá entre nós: ver o reconhecimento vindo de agricultores experientes de um país desenvolvido? Isso sim é motivo de orgulho. Mostra que estamos no caminho certo quando o assunto é educação agrícola e sustentabilidade.

Quem diria que Cascavel, no interior do Paraná, seria palco de um intercâmbio tão significativo com o outro lado do mundo? A globalização chegou ao campo - e veio cheia de oportunidades.