
Eis que a Justiça resolveu entrar no rodeio — literalmente. Numa reviravolta que deixou muita gente de queixo caído, o Tribunal de Justiça do Acre suspendeu nesta segunda-feira (28) a decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que travava os repasses para o famoso Rodeio da ExpoAcre.
Pra quem não acompanhou o baile — e que baile! — a coisa tava feia: o TCE tinha barrado o uso do dinheiro público alegando "falta de transparência" nos gastos. Mas os organizadores, claro, não ficaram satisfeitos. Alegaram que o evento, que é um dos maiores do Norte, já estava com tudo encaminhado.
O pulo do gato judicial
O juiz — num daqueles movimentos que só quem entende de lei pra explicar — decidiu que o TCE exagerou na dose. "Há indícios de que a decisão extrapolou a competência fiscalizatória", soltou no documento. Traduzindo: meteram o bedelho onde não deviam.
- Recursos liberados às pressas
- Evento ocorre como planejado
- TCE pode recorrer (mas será?)
E olha que interessante: a grana já estava contada pra outras coisas — manutenção de estradas, se não me engano. Mas como diz o ditado, "rodeio é rodeio", e a cultura local falou mais alto. Pelo menos dessa vez.
E agora, José?
Os produtores do evento tão respirando aliviados, claro. Mas tem gente torcendo o nariz. "Cadê a fiscalização?", pergunta um vereador que prefere não se identificar. Já o prefeito, todo sorridente, garante que "tudo está nos conformes".
Pra você ter ideia da importância: ano passado, o rodeio movimentou mais de R$ 20 milhões. É peão pra cá, boiadeiro pra lá, e a economia girando feito pião. Será que esse ano bate o recorde? Só agosto dirá.
Uma coisa é certa: a briga judicial deu um tempero a mais na expectativa. E no Acre, quando o assunto é rodeio, o negócio é sério — mas sempre com um pé no folclore.