
O Brasil está diante de um desafio que pode sacudir as bases do seu agronegócio — e o gatilho veio de onde menos se esperava. Os Estados Unidos, num movimento surpreendente, decidiram aumentar tarifas sobre produtos brasileiros, e o estrago pode ser colossal.
O que está em jogo?
Não é exagero dizer que o buraco é mais embaixo. Calcula-se que as perdas podem bater na casa dos R$ 10 bilhões — dinheiro que, convenhamos, faria falta até no orçamento de um país continental como o nosso. E olha que o pior nem é o valor em si, mas o timing: justo quando o setor começava a respirar aliviado após anos turbulentos.
Setores na mira
- Açúcar e etanol — aquele nosso combustível verde, tão elogiado lá fora, agora pode ficar encalhado
- Sucos cítricos — a fama da laranja brasileira está ameaçada
- Carne bovina — nosso churrasco premium pode perder espaço nas gôndolas americanas
E sabe o que é mais irônico? Enquanto o mundo todo fala em sustentabilidade, os EUA dificultam justamente a entrada de produtos que são exemplos nessa área. Faz sentido? Pra mim, zero.
Reação em cadeia
Os efeitos vão muito além dos números frios. Pequenos produtores — aqueles que mantêm a economia do interior girando — podem ser os primeiros a sentir o baque. E quando o campo espirra, todo o Brasil pega pneumonia, como dizia meu avô.
Ah, e tem outro detalhe que pouca gente está falando: isso pode abrir espaço para concorrentes como Argentina e Paraguai ocuparem nosso lugar. Dói só de pensar, não é?
O que dizem os especialistas
"É um tiro no pé", dispara um economista que prefere não se identificar. Outros são mais cautelosos: "Dependendo da nossa reação, pode ser só um susto". Mas convenhamos — quando foi que susto algum veio sozinho?
O governo brasileiro já sinalizou que não vai ficar de braços cruzados. A questão é: será que temos cartas na manga para esse jogo de xadrez comercial? Ou vamos ter que engolir mais essa com sorriso amarelo?
Uma coisa é certa: nas próximas semanas, os olhos do agronegócio estarão grudados em Washington. E o nosso bolso, bem... o bolso sempre acaba sentindo.