
O anúncio veio como um balde de água fria para os produtores rurais brasileiros. Donald Trump, em meio à sua campanha eleitoral nos EUA, soltou a bomba: novas tarifas para produtos agrícolas importados — e o Brasil está na mira.
Segundo cálculos preliminares, o baque pode chegar a impressionantes R$ 32 bilhões. Um rombo que deixaria qualquer fazendeiro de cabelo em pé. "É como se alguém chegasse e levasse 10% da sua safra sem aviso prévio", desabafa um produtor de soja de Mato Grosso que preferiu não se identificar.
Os números que assustam
Soja, carne bovina, café, açúcar — nossa cesta básica de exportações está na lista. O Ministério da Agricultura já está fazendo as contas, e os números não mentem:
- Queda estimada de 8-12% no valor das exportações agrícolas
- Perda de competitividade no mercado americano
- Risco de oversupply (excesso de oferta) no mercado interno
Não é a primeira vez que Trump mira o agronegócio brasileiro. Em 2018, durante seu mandato, algo parecido aconteceu — mas os especialistas alertam: dessa vez pode ser pior.
E agora, José?
Enquanto os políticos discutem retaliações (ou não), o setor privado já está se mexendo. Algumas estratégias em discussão:
- Diversificação de mercados — China e União Europeia como alternativas
- Acordos comerciais bilaterais para contornar as tarifas
- Maior agregação de valor aos produtos antes da exportação
"Temos que ser mais espertos que o problema", comenta o presidente de uma associação de produtores. Ele tem razão — afinal, quando a porteira fecha num lado, é preciso encontrar outra saída.
O clima nos escritórios das trading companies agrícolas? Tensão moderada com pitadas de criatividade desesperada. Algumas já estão reavaliando contratos, enquanto outras buscam brechas na nova legislação americana.
Uma coisa é certa: o agronegócio brasileiro já sobreviveu a crises piores. Mas dessa vez, o desafio tem nome, sobrenome e um característico penteado loiro.