
Parece que o jogo está virando para os exportadores brasileiros de alimentos. Com aquele tarifaço que os Estados Unidos anunciaram recentemente, muitos produtores daqui já estão bolando planos que nem malandro em dia de pagamento — e a estratégia é simples: se um mercado fecha, outros dez se abrem.
Não é exagero dizer que o agro brasileiro tá dando um show de flexibilidade. Enquanto Washington aperta o cerco com taxas que beiram o absurdo, nossos produtores já estão de malas prontas para a Ásia e Oriente Médio. China, Arábia Saudita e até a Índia aparecem como novos parceiros comerciais em potencial.
Os números que impressionam
Só pra ter ideia, os embarques que iam direto para os EUA representavam uma fatia considerável — estamos falando de bilhões em dólares. Mas parece que ninguém aqui tá disposto a chorar o leite derramado. Afinal, como dizem os mais experientes no ramo: "em time que está ganhando não se mexe, mas em time que tá perdendo, a gente sacode".
E olha que a sacudida promete:
- Negociações com países árabes avançaram 30% só no último mês
- Contratos com a China já cobrem 60% da produção que antes ia para os EUA
- Até a Rússia — sim, aquela mesma — aparece como opção emergente
E o preço do nosso cafézinho?
Aqui vem a parte que interessa ao consumidor comum: será que essa mudança toda vai pesar no bolso do brasileiro? Pelos cálculos dos especialistas (sim, eu sei que o certo é "especialistas", mas deixemos assim — soa mais humano), a resposta é... depende.
Por um lado, produtos como soja e milho podem até ficar mais baratos no mercado interno — afinal, com menos exportação para os EUA, sobra mais aqui. Já a carne... bom, aí a história é outra. Os cortes premium que iam para Miami podem acabar ficando mais caros, já que os novos mercados pagam bem — mas não tão bem quanto os americanos costumavam pagar.
No fim das contas, o que se vê é mais um capítulo da incrível capacidade de adaptação do agronegócio brasileiro. Enquanto uns reclamam da crise, outros já estão abrindo garrafas de champanhe — ou melhor, de suco de laranja 100% nacional — para celebrar novos negócios.