O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nesta segunda-feira (15 de dezembro de 2025), da cerimônia de inauguração da nova sede da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), localizada em Brasília. O evento marcou o início oficial das operações do órgão a partir de sua nova base e serviu de palco para importantes anúncios sobre a política comercial e ambiental do governo.
Expansão comercial e críticas à COP30
Durante seu discurso, o presidente Lura fez um balanço das ações da agência, revelando um dado significativo: entre 2023 e 2025, a ApexBrasil conseguiu abrir 500 novos mercados internacionais para produtos brasileiros. Esse resultado reflete uma estratégia agressiva de inserção da economia nacional em novos circuitos comerciais globais.
Lula também aproveitou o momento para tecer críticas diretas à postura adotada pelos países mais ricos durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30). O mandatário afirmou que as nações desenvolvidas precisam assumir maiores responsabilidades e compromissos concretos no combate às mudanças climáticas, indo além dos discursos.
Brasil como potência em energia limpa
Em contraponto às críticas, o presidente destacou a posição de liderança do Brasil na agenda verde. Ele afirmou, com ênfase, que a matriz energética nacional já é composta por 53% de fontes renováveis. Este percentual coloca o país em uma posição de destaque mundial na transição para uma economia de baixo carbono e serve como um trunfo nas negociações ambientais internacionais.
A nova sede da ApexBrasil em Brasília simboliza a centralidade da política de exportações e atração de investimentos para o governo. A localização na capital federal facilita a interlocução com outros ministérios e órgãos públicos, potencializando a atuação da agência como uma ponte entre o setor produtivo brasileiro e o mundo.
Contexto e próximos passos
A inauguração consolida um ciclo de expansão e reposicionamento da ApexBrasil. Com a meta de 500 novos mercados já atingida, a expectativa é que a agência agora trabalhe para consolidar essas conquistas e ampliar o valor das exportações brasileiras, com foco em produtos com maior valor agregado e sustentabilidade.
O discurso de Lula reforçou a dupla face da política externa brasileira atual: uma postura crítica em fóruns multilaterais quando considera necessário, combinada com a promoção ativa dos interesses comerciais e a exibição de credenciais ambientais sólidas. A energia renovável e a abertura de mercados aparecem, assim, como pilares estratégicos interligados.
