Exportadores de café pressionam por apoio governamental após tarifa de 50% na China
Exportadores de café pressionam por apoio após tarifa na China

O que era para ser um ano promissor virou um desafio e tanto para os exportadores de café brasileiros. A China, que vinha se consolidando como um mercado importante, decidiu aumentar as tarifas de importação em 50% — um golpe duro para o setor. E agora, o que fazer?

Os produtores estão com a corda no pescoço. "Precisamos de ajuda urgente para buscar novos compradores", diz um exportador de Minas Gerais, que prefere não se identificar. O clima entre os cafeicultores? Uma mistura de preocupação com revolta.

O governo na mira

Não é de hoje que o setor pede mais empenho do Itamaraty e do Ministério da Agricultura. Desta vez, porém, o tom é mais urgente. "Temos capacidade para produzir, mas falta apoio para abrir mercados", reclama o presidente de uma associação do setor.

Os números assustam:

  • A China representava cerca de 15% das exportações
  • O impacto financeiro pode chegar a US$ 200 milhões
  • Pequenos produtores são os mais vulneráveis

Alternativas em vista?

Enquanto isso, alguns já começam a mirar outros horizontes. Países do Sudeste Asiático e Oriente Médio aparecem como possibilidades — mas ninguém ilude: substituir a China não será tarefa fácil.

"É como trocar o pneu com o carro em movimento", compara um especialista em comércio exterior. O setor espera que o governo acelere negociações comerciais com outros países para compensar a perda.

E você, acha que o Brasil deveria priorizar novos acordos comerciais para o café? Enquanto isso, os produtores seguem na batalha — entre a cruz da burocracia e a espada das tarifas.