
Parece que o café brasileiro — aquele que dá energia ao mundo — está prestes a enfrentar turbulências no mercado internacional. Os Estados Unidos, um dos maiores consumidores globais, estão de olho em medidas que podem deixar o comércio bilateral azedo. E não é brincadeira.
O que está em jogo?
Fontes próximas ao governo americano sussurram sobre a possibilidade de novas tarifas sobre o produto brasileiro. Se confirmadas, essas barreiras comerciais podem mexer não só com os preços do seu expresso matinal, mas também com a economia de estados produtores como Minas Gerais e Espírito Santo.
"É um tiro no pé", comenta um exportador que prefere não se identificar. "O Brasil fornece quase 40% do café consumido nos EUA. Quem vai segurar essa conta? O consumidor final, claro."
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Curiosamente, essa não é a primeira vez que o café vira moeda de troca em disputas internacionais. Nos anos 60, o produto já foi usado como arma geopolítica durante a Guerra Fria. História se repetindo?
Enquanto isso, nas fazendas brasileiras, o clima é de apreensão. "A gente trabalha o ano inteiro pra colher um produto de qualidade", desabafa Maria Souza, produtora de 52 anos. "Agora vem esses problemas de gente grande e quem se ferra somos nós, os pequenos."
E o consumidor brasileiro?
Por incrível que pareça, a possível medida americana pode ter efeitos colaterais aqui também. Com menos café indo para os EUA, o produto pode ficar mais barato no mercado interno — pelo menos teoricamente. Mas ninguém está comemorando ainda.
Especialistas (sim, de propósito) alertam: o jogo é complexo. "Depende de como os produtores vão reagir", explica o economista João Pedro Lima. "Se reduzirem a produção por falta de demanda externa, o preço pode até subir."
Uma coisa é certa: o cheiro de café fresco vai continuar pelas cozinhas brasileiras. Mas o sabor dessa história ainda está para ser definido.