
Parece que o campo finalmente conseguiu respirar aliviado. Nesta quarta-feira (16), os deputados deram sinal verde para um pacote bilionário que pode mudar o jogo para milhares de produtores rurais pelo Brasil afora.
Numa votação que deixou muita gente na ponta da cadeira, a Câmara aprovou a liberação de nada menos que R$ 30 bilhões do Fundo Social — aquela reserva estratégica que todo mundo fica de olho — especificamente para ajudar no refinanciamento de dívidas do setor agrícola.
O que muda na prática?
Pra quem tá no dia a dia do campo, a coisa é séria. Segundo meus contatos em Brasília, o dinheiro vai servir como uma espécie de "airbag financeiro" para produtores que estão enroscados com:
- Dívidas contraídas antes de 2023
- Financiamentos que viraram uma bola de neve
- Empréstimos com juros que davam calafrios
E olha que interessante: os prazos de pagamento podem chegar a 10 anos, com um período de carência de até 3 anos. Não é pouca coisa, hein?
O outro lado da moeda
Claro que, como tudo na vida, tem quem ache que isso é jogar dinheiro fora. Alguns economistas que acompanho no Twitter (ou X, pra quem prefere) já soltaram o verbo:
"É um remendo, não solução", disparou um. "Só adia o problema", completou outro. Mas, entre nós, quando o assunto é crise no campo, será que tem solução perfeita?
O que me chamou atenção foi o discurso do relator — aquele tom de urgência que você só vê quando a coisa tá feia mesmo. Ele falou em "salvar famílias que sustentam o país", e não dá pra negar que o agronegócio é mesmo a galinha dos ovos de ouro do Brasil.
E agora, José?
O projeto segue para o Senado, onde a briga promete ser das boas. Tem senador que já tá de oposição ferrenha, enquanto outros — principalmente os que têm base rural — estão fazendo a festa.
Se passar por lá sem mudanças (o que eu duvido, mas tudo pode acontecer), vai direto para a sanção presidencial. E aí, será que o Planalto vai dar o aval? Aposto meu café da manhã que sim.
Enquanto isso, nos interiores do país, muitos produtores devem estar torcendo — e rezando — para essa ajuda chegar logo. Porque, convenhamos, com os preços dos insumos nas alturas e o clima cada vez mais imprevisível, tá difícil segurar as pontas.