
Numa decisão que deve dar o que falar, o Terminal Portuário de Santos foi condenado a desembolsar uma grana preta — R$ 28 milhões, pra ser exato. Tudo porque, segundo a Justiça, as empresas que meteram a mão na massa durante o incêndio de 2023 merecem ser ressarcidas. E olha que o negócio não foi pouco: imagina só o transtorno de apagar chamas num dos portos mais movimentados do país?
O juiz não teve dúvidas: o terminal falhou feio na prevenção e, pior, deixou outros segurarem a bronca. "A responsabilidade é clara", disparou na sentença. As empresas contratadas? Essas sim, viraram heróis improvisados — trabalharam sem garantia de pagamento, só pra evitar um desastre maior.
O que rolou naquele dia?
Fogo. Muito fogo. A cena lembrava aqueles filmes catástrofe, mas era real: containers pegando fogo, fumaça subindo mais alto que prédio e um monte de gente correndo pra controlar o caos. As empresas especializadas entraram de sola, com equipamentos caríssimos e equipes treinadas. Sem elas, o estrago poderia ter sido — pasme — cinco vezes pior.
Detalhe curioso: o terminal tentou se esquivar na Justiça, alegando que o contrato não previa "situações excepcionais". Só que o juiz não comprou essa história. "Ignorar riscos óbvios não é opção", escreveu ele, com todas as letras.
E agora?
- O terminal tem 30 dias pra recorrer (e acredite, eles vão tentar)
- Se mantida a decisão, o pagamento deve sair em parcelas — ninguém solta R$ 28 milhões de uma vez
- Especialistas já veem o caso como precedente pra situações similares
Morador da região, o pedreiro Marcos Silva lembra do susto: "Parecia o fim do mundo. Até hoje, quando passa ali, dá um frio na barriga". Já pra advogada ambiental Carla Rios, a sentença é "um tapa de luva na cara da negligência".
Enquanto isso, o Porto segue movendo containers como se nada tivesse acontecido. Mas essa multa milionária? Ah, essa vai doer no bolso — e ficar de lição.