
Eis que o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) resolveu dar um belo de um freio de arrumação numa licitação da Cedae que tava cheirando estranho. Não é pouco não: estamos falando de um contrato de R$ 1,7 bilhão pra serviços de água e esgoto que simplesmente não passou no pente-fino dos conselheiros.
Segundo fontes que acompanham o caso, o problema não foi falta de zeros no valor — até porque dinheiro é o que não falta nessa história toda. O buraco é mais embaixo: falta de transparência nos critérios e uma certa... digamos... agilidade suspeita na tramitação do processo.
O que deu errado?
Pra você ter ideia, o edital tava marcado pra ser publicado hoje, mas agora vai ficar pra depois da festa — se é que vai rolar. O TCE identificou pelo menos três pontos que não bateram:
- Documentação incompleta (aquela velha história do "esqueci o anexo")
- Justificativas econômicas que não convenceram nem o estagiário
- Prazos apertados demais pra ser coincidência
Não me surpreende. Ultimamente, toda licitação grande no Rio parece aquela promoção relâmpago: você pisca, perde o timing. Só que dessa vez alguém resolveu ler o regulamento antes de apertar o "comprar agora".
E agora, José?
A Cedae — aquela mesma que já deu tanto o que falar — terá que se virar nos 30 pra arrumar a bagunça. O prazo? 10 dias úteis. Parece muito, mas quando se trata de burocracia, é tipo tentar encher piscina com copo d'água.
Enquanto isso, os serviços continuam rolando na base do "quem pode mais, chora menos". Mas fica a dúvida: será que dessa vez vão aprender que transparência não é opcional? Ou vão insistir nesse jeitinho carioca de fazer as coisas?