
Uma nova taxa para estruturas comerciais nas praias do Rio Araguaia, em Goiás, está gerando debates acalorados entre comerciantes e o poder público. A medida, que afeta barracas, quiosques e outros estabelecimentos à beira-rio, divide opiniões sobre seu impacto no turismo e na economia local.
O que muda com a nova taxa?
O governo estadual justifica a cobrança como forma de organizar o uso do espaço público e garantir melhorias na infraestrutura das áreas de lazer. Segundo as novas regras:
- Comerciantes deverão pagar valores diferenciados conforme o tamanho e localização dos estabelecimentos
- Recursos arrecadados seriam reinvestidos em sinalização, segurança e conservação ambiental
- Fiscais irão monitorar o cumprimento das normas
Reação dos comerciantes
Donos de barracas e quiosques manifestaram preocupação com os possíveis efeitos da medida:
"Muitos de nós somos pequenos empreendedores familiares que dependemos da temporada para sobreviver o ano todo", desabafa um comerciante que prefere não se identificar.
Entre os principais pontos de crítica estão:
- Aumento dos custos operacionais em um momento de recuperação econômica
- Falta de consulta préria aos afetados
- Dúvidas sobre a real aplicação dos recursos arrecadados
Posicionamento do governo
Em nota, a Secretaria de Turismo defendeu a medida como necessária para o desenvolvimento sustentável da região:
"Buscamos equilibrar a atividade econômica com a preservação ambiental, garantindo que as praias continuem sendo atrativas para visitantes e seguras para todos", afirmou o secretário.
O órgão prometeu diálogo com a categoria para ajustes nas normas e prazos de implementação.
Impacto no turismo
Especialistas em turismo alertam que o aumento de custos pode:
- Elevar preços para os visitantes
- Reduzir o número de pequenos comerciantes
- Mudar o perfil das praias, tradicionalmente acessíveis
A temporada de férias, que começa em dezembro, será o primeiro teste para a nova política.