
Imagine abrir seu estabelecimento numa sexta-feira agitada e descobrir que aquele caminhão de lixo simplesmente não vai passar? Pois é, essa vai ser a realidade de pelo menos 300 negócios em Campo Grande a partir do próximo mês.
A Solurb — que até então recolhia os resíduos de bares, restaurantes e indústrias da capital — decidiu suspender o serviço sem muita cerimônia. E olha que não foi por falta de aviso: desde abril vinham mandando notificações, mas parece que muita gente deixou pra última hora.
O que muda na prática?
Pra quem tá por fora do rolo, a situação é mais ou menos assim:
- Nada mais de colocar o lixo na calçada e esperar o caminhão passar
- Estabelecimentos terão que contratar serviços particulares — e isso, claro, vai pesar no bolso
- Quem descumprir pode levar multa que varia de R$ 500 a R$ 50 mil (sim, você leu certo)
"A gente até entende a medida, mas podiam ter dado mais prazo", reclama o dono de um boteco tradicional da região central, que prefere não se identificar. "Já tô vendo a bagunça que vai ficar com tanto lixo acumulado."
E o meio ambiente nessa história?
Pois é, tem essa questão também. Sem um sistema organizado, o risco de descarte irregular — aquele "jogar no terreno baldio" — aumenta consideravelmente. A prefeitura garante que vai fiscalizar, mas sabemos como essas coisas funcionam na prática, né?
Enquanto isso, os empresários correm contra o tempo. Alguns já estão fechando contratos com cooperativas, outros pensando em reduzir a produção de lixo. "Vamos ter que repensar até o cardápio", admite uma dona de restaurante que trabalha com delivery.
Uma coisa é certa: agosto promete ser um mês de adaptação — e muita criatividade — para o comércio local.