Eis que surge uma luz no fim do túnel para quem já perdeu horas — quem nunca? — em filas intermináveis de repartições públicas. Nesta terça-feira (23), o prefeito Cláudio Ferreira, ao lado do secretário de Governo, Mykaell Lima, soltou o verbo sobre o tão esperado Programa Zera Fila. E olha só, a coisa parece séria.
O que muda na prática?
Pra começo de conversa, esqueça aquela cena clássica de chegar antes do sol nascer e ainda assim pegar a senha 157. O projeto mira justamente nisso: "acabar com o perrengue das filas quilométricas", nas palavras do próprio prefeito, que parecia mais animado que torcedor em final de campeonato.
Detalhes técnicos? Temos:
- Sistema de agendamento digital (adeus, papelzinho frágil!)
- Triagem prévia por demanda — porque ninguém merece esperar 2h pra pegar um simples comprovante
- Atendimento prioritário realmente prioritário (sem aquela velha desculpa de "o sistema caiu")
Mykaell Lima, que conhece os corredores da prefeitura como a palma da mão, soltou uma pérola: "É como trocar a lamparina por um refletor de estádio — mesma energia, resultado sem comparação". E a galera presente pareceu comprar a ideia.
Quando começa essa revolução?
Segundo o cronograma — que, convenhamos, governos adoram criar e depois esquecer —, a fase piloto rola já no segundo semestre. Primeiro nos postos mais críticos, aqueles onde o cidadão chega a levar cadeira de praia (não é brincadeira, já vi acontecer).
E tem um detalhe saboroso: parte da verba vem de uma parceria com o governo estadual. Coisa rara nos dias de hoje, onde político parece ter alergia a trabalhar em conjunto. Quem viver, verá.
Enquanto isso, nós, meros mortais, ficamos na torcida. Porque convenhamos: se der certo, pode ser o início do fim daquela velha máxima brasileira — "só vai demorar cinco minutinhos" que invariavelmente vira três horas perdidas da vida.
