Prefeitura de Santa Rita de Caldas leva multa de R$ 82 mil por descarte ilegal de lixo na zona rural
Prefeitura de MG multada em R$ 82 mil por lixo irregular

Eis que a prefeitura de Santa Rita de Caldas, no sul de Minas Gerais, se vê numa enrascada e tanto. A conta? Nada menos que R$ 82.500,00 — e olha que não foi por conta de festa junina ou obra superfaturada. Dessa vez, o problema veio de onde menos se espera: o lixo.

Pois é, meu caro leitor. Enquanto a gente separa o orgânico do reciclável em casa — ou pelo menos tenta —, o poder público local resolveu dar uma de João-sem-vergonha ambiental. Jogou os detritos onde não devia, na zona rural, como se o mato fosse depósito particular. E adivinha só? A natureza cobrou o pato, ou melhor, a multa.

O que deu errado?

Segundo os fiscais — aqueles sujeitos que ninguém quer ver na porta —, o município tava despejando resíduos sólidos urbanos num terreno que mais parecia cenário de filme apocalíptico. Sem controle, sem cuidado, sem nada que preste. E detalhe: isso num lugar que deveria ser justamente o contrário, cheio de vida verde.

Não bastasse o crime ambiental, a situação ainda:

  • Colocava em risco a saúde pública — porque lixo a céu aberto é sinônimo de bicho e doença
  • Contaminava o solo — aquele mesmo que deveria produzir comida
  • Feria a lei como faca quente na manteiga — e olha que as regras não são nenhuma novidade

E agora, José?

A prefeitura — que provavelmente tá com a pulga atrás da orelha — tem até 20 dias pra recorrer. Mas convenhamos: difícil chorar sobre leite derramado quando as provas são mais claras que água de coco. O Ministério Público já deu o veredito: "A gestão pública não pode ser a primeira a descumprir a lei que ela própria deveria fazer cumprir". E não é que o sujeito tem razão?

Enquanto isso, os moradores — esses sempre os últimos a saber — ficam entre a cruz e a caldeirinha. De um lado, o serviço de coleta que deixa a desejar; do outro, o risco de viver cercado por montanhas de dejetos. E no meio? Só o bolso do contribuinte, que sempre paga a conta no final.

Será que dessa vez a lição fica? Ou vamos continuar nesse ciclo vicioso de descaso e multas que, no fim das contas, saem do nosso próprio bolso? Fica aí o questionamento — e a torcida para que o poder público acorde antes que o problema vire um monstro ainda maior.