
Era questão de tempo, mas finalmente aconteceu. Nesta quarta-feira (16), os deputados estaduais do Piauí bateram o martelo — a Agespisa, companhia de saneamento que há décadas divide opiniões, vai virar página na história do estado.
Não foi uma decisão tranquila, claro. Enquanto uns comemoram como se fosse carnaval fora de época, outros torcem o nariz. "A empresa tinha problemas crônicos, mas será que extinguir era a única saída?", questiona um técnico que prefere não se identificar.
O que muda na prática?
Primeiro, respire fundo: sua conta de água não vai sumir magicamente. O processo de transição deve levar meses, com a criação de uma nova estrutura para assumir os serviços. Detalhes? Ainda nebulosos.
- Funcionários: continuam trabalhando, mas sob nova gestão
- Dívidas: serão transferidas para o estado (e isso promete dar pano pra manga)
- Investimentos: promessa de modernização na distribuição
Curiosamente, a votação foi mais rápida que o tempo que leva para um boletim da Agespisa chegar na sua casa. Em menos de duas horas, 18 deputados disseram "sim" ao projeto do governo.
E os consumidores?
Ah, essa é a pergunta de um milhão de reais! Oficialmente, a promessa é de melhorias. Mas todo piauiense sabe — entre o discurso político e a torneira seca, existe um abismo.
Moradores de Teresina já fazem suas apostas: "Será que vão trocar o nome e continuar os mesmos problemas?", brinca Dona Maria, aposentada que convive com hidrômetros "dançantes" há anos.
Uma coisa é certa: o debate sobre saneamento no Piauí está longe de acabar. Enquanto isso, a população torce para que essa mudança não seja só no papel — mas na água que (esperamos) vai jorrar das torneiras.