Há dias, moradores de diversas regiões de Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, enfrentam um cenário crítico de falta de energia elétrica. A situação, iniciada com fortes ventanias, se agravou com as chuvas recentes, deixando milhares de clientes no escuro e gerando uma crise que já chegou aos tribunais.
Números da crise e descumprimento da ordem judicial
De acordo com a última atualização do site da Enel, concessionária responsável pelo fornecimento na cidade, 1523 clientes ainda estavam com o serviço interrompido na manhã desta segunda-feira (15). A interrupção afeta vários bairros do município, com alguns consumidores sem energia desde a ventania da última terça-feira, dia 09.
As chuvas que atingiram a cidade na sexta-feira (13) e no sábado (14) pioraram o quadro, aumentando o número de afetados. Em resposta à demora, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) acatou, no sábado, um manifesto da Defensoria Pública. A Justiça determinou que a Enel restabelecesse o fornecimento em até 15 horas, sob pena de multa de R$ 10.000,00 por hora de descumprimento.
Defensoria aciona Justiça novamente e associações se mobilizam
Contudo, a determinação judicial não foi cumprida. Até esta segunda-feira (15), a energia não havia sido normalizada para todos. Diante do descaso, a Defensoria Pública acionou novamente a Justiça durante a manhã, solicitando um reajuste da multa para R$ 200.000,00 por hora em que a concessionária permanecer em desacordo com a decisão.
A insatisfação também mobilizou a sociedade civil. A Unita - Associação Unidos por Itaipava oficiou a Enel, exigindo a apresentação de um plano de contingência, o reforço nas equipes de manutenção e explicações detalhadas sobre os apagões recorrentes que têm afetado diversos bairros da cidade.
Enel se mantém em silêncio
O g1 procurou a Enel para obter um posicionamento sobre o caso e questionar quando o serviço será totalmente restabelecido. Até o momento, a concessionária não retornou aos pedidos de informação, mantendo os moradores e as autoridades sem respostas concretas sobre o fim do problema.
A situação expõe a vulnerabilidade da infraestrutura elétrica na cidade e a falta de agilidade da concessionária em responder a emergências climáticas, deixando a população em situação de desconforto e prejuízo.
