Paraíba no Topo: Estado tem a 4ª maior despesa com pessoal do Brasil, aponta Tesouro Nacional
Paraíba tem 4ª maior despesa com pessoal do Brasil

Um levantamento inédito do Tesouro Nacional coloca a Paraíba em posição de destaque - mas preocupante - no cenário nacional. O estado figura como o quarto com a maior despesa com pessoal em todo o Brasil, um dado que acende o alerta sobre a saúde financeira da administração pública.

Números que impressionam

De acordo com o relatório, a Paraíba compromete impressionantes 52,7% da sua Receita Corrente Líquida apenas com o pagamento de servidores. Esse percentual coloca o estado bem acima da média da região Nordeste, que fica em 49,2%, e próximo do limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Como ficam os outros estados?

O ranking nacional apresenta a seguinte configuração:

  • Rio Grande do Sul: 61,7% da RCL
  • Rio de Janeiro: 54,8% da RCL
  • Alagoas: 53,8% da RCL
  • Paraíba: 52,7% da RCL

Esses quatro estados formam um grupo distinto, onde as despesas com pessoal ultrapassam a marca dos 50% da Receita Corrente Líquida.

O que significa na prática?

Esses números revelam que mais da metade de tudo que o estado arrecada é destinado ao pagamento de salários, benefícios e encargos dos servidores públicos. Isso limita significativamente os recursos disponíveis para investimentos em áreas essenciais como:

  • Saúde pública
  • Educação
  • Infraestrutura
  • Segurança
  • Programas sociais

Comparativo regional

A Paraíba se destaca negativamente mesmo quando comparada com seus vizinhos nordestinos. Enquanto o estado gasta 52,7% da RCL com pessoal, outros estados da região apresentam percentuais mais baixos, como Pernambuco (47,9%) e Ceará (45,6%).

E as consequências?

Especialistas em finanças públicas alertam que níveis elevados de gastos com pessoal podem comprometer a capacidade do estado de realizar investimentos necessários para o desenvolvimento. Além disso, aproxima-se do limite legal, o que pode gerar restrições fiscais e dificuldades na obtenção de crédito.

O dado do Tesouro Nacional serve como um termômetro importante para a gestão fiscal do estado e deve influenciar as discussões orçamentárias dos próximos anos, especialmente em um contexto de recuperação econômica pós-pandemia.