
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) está com o pé na porta da Prefeitura de Florianópolis. E o motivo? A eterna novela da Praia da Galheta, aquela joia escondida entre dunas que virou um verdadeiro quebra-cabeça jurídico.
Não é de hoje que o lugar — famoso pelo naturismo e pela beleza selvagem — vive um conflito entre preservação e ocupação desenfreada. O MPSC, cansado de esperar, decidiu apertar o cerco com um ofício exigindo respostas claras sobre a regularização da área.
O que está em jogo?
De um lado, moradores e frequentadores que tratam a Galheta como um refúgio quase sagrado. De outro, construções irregulares avançando como erva daninha. Sem falar nos problemas de saneamento básico — porque, convenhamos, ninguém merez banheiro químico como vizinho permanente, né?
O promotor responsável pelo caso foi direto ao ponto: "Ou a prefeitura apresenta um plano concreto, ou a Justiça vai tomar as rédeas". E olha que ele não está brincando — o prazo dado foi curto, daqueles que faz gestor público suar frio.
E os frequentadores?
Ah, a galera que ama a Galheta está dividida. Tem quem queira manter o clima "livre e desimpedido", outros pedem pelo menos infraestrutura mínima. "É complicado", diz um surfista que prefere não se identificar, "aqui sempre foi do povo, mas tá virando terra de ninguém".
Enquanto isso, na Câmara Municipal, o assunto vira bola de pingue-pongue. Alguns vereadores defendem a urbanização controlada, outros falam em "preservação radical". E no meio disso tudo, a natureza — que não entende de burocracia — continua sofrendo com o pisoteio humano.
Uma coisa é certa: o verão está chegando, e a pressão sobre a praia só vai aumentar. Será que 2025 será o ano da virada? Ou vamos continuar nesse impasse que já dura décadas?