
Era um impasse que parecia não ter fim, mas finalmente a poeira baixou. Os médicos da rede pública da Bahia — aqueles que seguraram a bronca por semanas a fio — decidiram encerrar a greve depois que o Tribunal de Justiça do Estado (TJBA) deu o veredito. E olha que não foi sem drama.
Quem acompanhou de perto sabe: a situação tava pegando fogo. Postos de saúde com portas fechadas, filas intermináveis, pacientes desesperados. Parecia até cena de filme apocalíptico, só que real. A categoria reivindicava — com razão, diga-se — melhores condições de trabalho e reajuste salarial. Afinal, cuidar de vidas não é brincadeira de criança.
O pulo do gato veio do TJBA
Numa decisão que pegou todo mundo de surpresa (até os mais céticos), a Justiça baiana deu um jeito na encrenca. Não foi mágica, mas quase. O tribunal agiu como um maestro numa orquestra desafinada, mediando o diálogo entre governo e profissionais. Resultado? Acordo fechado, greve encerrada e — pasmem — ambos os lados saíram com a sensação de vitória.
Detalhe curioso: enquanto isso rolava, nas redes sociais a galera não parava de comentar. De um lado, quem apoiava incondicionalmente os médicos. De outro, quem reclamava dos prejuízos. E no meio? Uma enxurrada de memes — porque o baiano, mesmo na crise, não perde o humor.
E agora, José?
Com a retomada dos trabalhos, a expectativa é que os serviços voltem ao normal rapidamente. Mas convenhamos: "normal" na saúde pública é um termo relativo. O que se espera mesmo é que o acordo não fique só no papel — porque canetada, todo mundo sabe, não resolve problema crônico.
Uma coisa é certa: essa greve deixou lições. Mostrou que diálogo — ainda que tardio — vale mais que braço de ferro. E que no fim das contas, quem paga o pato é sempre o mesmo: o cidadão que depende do SUS.