
Parece que as águas maranhenses estão mesmo turbulentas — e não estou falando das marés. Os números que saíram do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) são daqueles que fazem a gente coçar a cabeça e pensar: caramba, o que tá rolando por lá?
O Maranhão, com seus 1.116 licenças de pesca suspensas, simplesmente disparou na frente de todos os outros estados. É como se tivesse ganhado um troféu nada desejável, sabe? Um primeiro lugar que ninguém quer ostentar.
Os números que impressionam
Quando você coloca na ponta do lápis, a coisa fica ainda mais assustadora. O Maranhão responde sozinho por quase 15% de todas as suspensões do país — isso num universo de 7.628 licenças canceladas nacionalmente. Para ter uma ideia, é como se cada sete pescadores suspensos no Brasil, um estivesse no território maranhense.
E olha que os vizinhos não ficaram muito atrás. Pará e Bahia completam esse pódio meio sinistro, com 1.083 e 1.043 suspensões respectivamente. Parece que o Norte e Nordeste estão mesmo no olho do furacão quando o assunto é fiscalização pesqueira.
Mas por que tantas suspensões?
Aqui é onde a coisa fica interessante — e um pouco preocupante, pra ser sincero. O MPA tá com a faca e o queijo na mão, mostrando que não tá pra brincadeira. Eles suspenderam essas licenças por uma lista de motivos que daria um bom roteiro de novela:
- Pesca em áreas proibidas (aquela velha história de achar que ninguém vai ver)
- Uso de equipamentos que não deviam — a famosa malha fina, literalmente
- Captura de espécies protegidas ou na época errada
- Documentação que não bate, ou pior, que nem existe
E sabe o que é mais curioso? Tem gente que acha que pode pescar sem licença nenhuma, como se o mar fosse terra de ninguém. Spoiler: não é.
O que isso significa na prática?
Bom, para os pescadores que tiveram as licenças suspensas, a vida ficou bem mais complicada. Imagina ter seu ganha-pão cortado assim, do nada? Mas por outro lado, será que não tava na cara que alguma coisa iria acontecer?
"Ah, mas é só burocracia" — já ouvi muito isso por aí. Só que não é bem assim. Por trás de cada licença suspensa tem um ecossistema que pode estar sendo prejudicado, uma espécie que pode sumir pra sempre, um equilíbrio que se perde.
E pensar que tudo isso acontece enquanto a gente discute sustentabilidade, preservação ambiental, futuro do planeta... Parece até piada de mau gosto.
E agora, José?
O Ministério diz que tem um plano — sempre tem, né? — para regularizar a situação. Mas entre o dito e o feito, sabe como é, tem uma distância enorme. Enquanto isso, os números ficam aí, nos mostrando que talvez a relação entre homem e natureza ainda precise de muitos ajustes.
Particularmente, acho que casos como esses servem de alerta. Não só para o Maranhão, mas para todo o Brasil. Mostram que a fiscalização existe, que as regras precisam ser seguidas, e que ninguém tá acima da lei — nem mesmo o pescador mais experiente.
Resta saber se a lição será aprendida, ou se vamos continuar vendo esses números absurdos nos próximos relatórios. Só o tempo — e as próximas fiscalizações — vão dizer.