
Parece que o lixo vai ficar um pouco mais tempo na mesa. A Justiça decidiu ontem — num daqueles processos que ninguém sabe direito quando começou — dar um respiro para os grandes geradores de resíduos em Campo Grande. Aquele prazo que tava todo mundo correndo pra cumprir? Adiado. E olha que a galera já tava até suando frio.
O juiz — que deve ter uma paciência de santo — aceitou o argumento da prefeitura de que "a transição precisa ser mais suave". Traduzindo: tavam com o freio de mão puxado pra implementar o sistema novo. Agora, em vez de agosto, o desfecho vai rolar só em novembro. Três meses a mais pra se organizar — ou pra enrolar, depende do ponto de vista.
O que muda na prática?
Se você tem um comércio que produz mais de 120 litros de lixo por dia (e isso é MUITO saco de lixo), respira fundo:
- A multa de R$ 5 mil por descumprimento? Suspensa até lá
- Os caminhões especiais vão continuar passando — mas sem pressão
- Quem já tava se mexendo pode relaxar os ombros
Mas atenção: isso não é carta branca pra esquecer o meio ambiente. A decisão saiu com um "mas" grande feito um caminhão de lixo: até novembro, tem que ter plano de ação na mesa. Senão, a conta vem com juros e correção.
E os catadores?
Ah, essa parte dói. O adiamento mexe direto com as cooperativas que já estavam se preparando pra receber esse material. "É como marcar festa e adiar depois do bolo pronto", diz um líder comunitário que prefere não se identificar. A prefeitura promete manter os repasses, mas todo mundo sabe que promessa em ambientalismo é como guarda-chuva furado — pode até proteger, mas molha.
No meio dessa confusão toda, uma coisa é certa: o debate sobre lixo em Campo Grande tá longe de acabar. E você, o que acha? Adiamento sensato ou enrolação disfarçada?