
Eis que a promessa de aliviar o trânsito no Morro dos Cavalos, em Palhoça, virou um jogo de empurra-empurra digno de novela das nove. O governador Jorginho Mello — aquele mesmo que adora um holofote — agora joga a responsabilidade para Brasília: "Sem dinheiro federal, não tem obra". Conveniente, não?
Enquanto isso, os moradores da região seguem enfrentando congestionamentos que desafiam a paciência até do mais zen. O tal binário, projetado para desafogar o caos viário, virou quase uma lenda urbana. Todo mundo fala, ninguém vê.
O que está em jogo?
O projeto não é nenhum bicho de sete cabeças: basicamente, criar vias alternativas para tirar o fluxo pesado do centro. Mas parece que virou um quebra-cabeça político:
- Orçamento estimado: R$ 40 milhões (isso mesmo, milhões!)
- Estado diz que já fez sua parte nos estudos
- União ainda não liberou um centavo
E no meio disso tudo? O cidadão comum, claro, que todo dia perde horas no trânsito. "É sempre assim", reclama um motorista de aplicativo que preferiu não se identificar. "Prometem, enrolam, e a gente que se vire."
O jogo político por trás da obra
Ah, a politicagem... Jorginho não perde a chance de lembrar que "o governo federal tem obrigações". Mas será mesmo que é só isso? Entre as linhas, dá pra ler uma velha estratégia: culpar o outro lado quando a coisa aperta.
Enquanto os técnicos discutem planilhas, a realidade é bem mais terra-a-terra: ambulâncias que demoram a passar, caminhões que emperram o tráfego, e uma população cansada de esperar. Até quando? Nem o governador, nem o ministério, nem ninguém parece ter a resposta.