
Eis que a bomba estoura: a Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems) não está nada contente com a decisão da prefeitura de Campo Grande de encerrar — do dia para a noite — a coleta de resíduos industriais. E agora? Partiu judicializar a questão!
Nessa terça-feira (29), a entrade meteu o pé na porta do Tribunal de Justiça com um pedido urgente: querem adiar esse prazo curto que, segundo eles, vai virar um caos para as empresas locais. "É humanamente impossível se adaptar nesse tempo", dispara um representante que prefere não se identificar.
O que está em jogo?
Desde que a administração municipal anunciou o fim do serviço — previsto para agosto —, o setor industrial não para de chiar. A justificativa? Dizem que a medida foi tomada "de supetão", sem diálogo ou planejamento mínimo.
E olha que o problema é sério:
- Mais de 300 empresas dependem desse serviço
- Alternativas privadas custariam o olho da cara
- Risco real de descarte irregular — ninguém quer virar notícia por poluir, né?
E o poder público?
A prefeitura, por sua vez, jura de pés juntos que avisou com antecedência. "Tivemos reuniões setoriais desde maio", rebate um assessor, enquanto mostra cronogramas que — convenhamos — pouca gente viu.
Mas tem um detalhe que não tá no papo oficial: a mudança coincide com a renovação do contrato da empresa de limpeza urbana. Coincidência? A Fiems levanta a sobrancelha.
Enquanto a Justiça não se pronuncia, as indústrias fazem as contas: se o pior acontecer, o prejuízo pode chegar a R$ 2 milhões só no primeiro mês. E aí, vai sobrar para o consumidor? Bingo.