Era só o que faltava para o Dom Bosco! O bairro de Juiz de Fora, que há anos esperava por uma virada, finalmente vai ver a poeira baixar — literalmente. Com um aporte federal de R$ 40 milhões, o PAC Periferia Viva chega para sacudir a região.
Não é pouco, não. Dá pra fazer muita coisa com essa grana toda — e olha que a gente sabe como dinheiro público some feito pó no vento quando a fiscalização é mole. Mas, dessa vez, parece que a coisa vai ser diferente. Ou pelo menos é o que prometem.
O que vem por aí?
Pra começar, asfalto novo — porque ninguém merece aqueles buracos que mais parecem crateras lunares depois das chuvas. E não para por aí:
- Iluminação pública que não pisca feito árvore de Natal
- Drenagem pra acabar com os alagamentos que viram piscina na porta de casa
- Áreas de lazer que não sejam só um pedaço de cimento no meio do nada
Ah, e tem mais! O projeto inclui até centro cultural — porque cultura não é luxo, é necessidade básica, certo?
E os moradores?
"Já tô vendo o pessoal reclamando que vai atrapalhar o trânsito", diz Dona Maria, que vive no bairro há 30 anos. Mas ela mesma completa: "Mas depois que terminar, vai valer a pena. A gente cansa de viver no esquecimento."
E tem razão. Obras públicas sempre trazem aquele caos temporário — caminhões, poeira, ruas interditadas. Mas quando a poeira baixa... Bem, aí é que a gente vê se o dinheiro foi bem aplicado mesmo.
O PAC Periferia Viva não é nenhuma novidade, mas em Juiz de Fora parece que finalmente chegou a vez do Dom Bosco. Resta saber se, daqui a alguns anos, a gente vai olhar pra trás e pensar: "Valeu o investimento!" ou "Mais um dinheiro jogado fora..."
Uma coisa é certa: enquanto as máquinas não chegarem, o bairro segue na expectativa. E torcendo — porque quando o poder público resolve mexer os pauzinhos, ou sai coisa boa... ou sai o que a gente já conhece de sobra.
