CGU Revela à CPMI: Fiscalização de Reembolsos a Aposentados Não Está na Pauta
CGU não fiscaliza reembolsos a aposentados, revela à CPMI

Eis que a coisa pega fogo no planalto central. A Controladoria-Geral da União (CGU) soltou uma bomba durante seu depoimento na CPMI dos Atos Golpistas — mas não do jeito que muitos esperavam.

O representante da CGU, Victor Fernandes, veio com uma revelação que deixou mais de um parlamentar de sobrancelha arqueada. A tal fiscalização dos reembolsos pagos a servidores que já bateram ponto pela última vez no serviço público? Não, isso não está nem no radar deles. Nem de longe.

Parece que a CGU tá nadando em águas mais profundas — ou talvez mais turbulentas. O foco deles, pelo que foi dito, está em investigar o núcleo duro do que aconteceu no dia 8 de janeiro. Aquela baderna toda em Brasília, sabe? Esse é o prato principal do cardápio investigativo.

E os reembolsos? Bem, ficaram no limbo. A justificativa é que não houve — e aqui vem o termo técnico — "determinação específica" para ir atrás desse tipo de gasto. Soa estranho? Pois é.

O deputado Augusto Coutinho (Solidariedade-PE) que o diga. O cara não engoliu a explicação e meteu o pé na tábua. "Como assim não fiscalizam?", deve ter pensado. Ele lembra que a CGU tem poderes de ofício, ou seja, pode agir por própria iniciativa. A falta de um pedido formal não deveria ser empecilho.

E tem mais: a CGI tem acesso a todos os sistemas de pagamento do governo. Tudo mesmo. Do cafezinho à viagem internacional. A ferramenta tá lá, mas parece que falta vontade de usar.

Agora a gente se pergunta: será que tão evitando mexer num vespeiro? Ou é apenas uma questão de prioridades mal definidas? O fato é que o assunto dos reembolsos a aposentados continua sendo uma caixa-preta que ninguém parece disposto a abrir.

Enquanto isso, o contribuinte fica ali, olhando para o céu e se perguntando onde foi parar o seu dinheiro. Como sempre.