Governador do Rio ignora alerta e contrata ONG investigada por desperdício de dinheiro público
Castro contrata ONG investigada por desperdício de verba

Em uma decisão que gerou polêmica no cenário político fluminense, o governador Cláudio Castro autorizou a contratação de uma organização não governamental que está sob investigação por suposto desperdício de recursos públicos. A medida foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta segunda-feira (21).

Alerta ignorado

O mais surpreendente na decisão é o timing: a autorização ocorreu apenas seis dias após a Controladoria Geral do Estado (CGE) emitir um alerta formal sobre os riscos de contratar essa mesma ONG. O órgão de controle havia identificado indícios de má gestão em contratos anteriores envolvendo a instituição.

Histórico de problemas

Segundo as investigações, a organização em questão já foi alvo de apurações pelo desperdício de verba pública federal em projetos anteriores. As irregularidades teriam ocorrido durante a execução de convênios com o governo federal, levantando sérias questões sobre a capacidade de gestão da entidade.

Contrato milionário

A autorização publicada no Diário Oficial permite que a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca do Rio de Janeiro (Sedrap) prossiga com o processo de contratação da ONG. O valor envolvido não foi divulgado oficialmente, mas fontes indicam ser um contrato de alto valor.

Questionamentos

A rápida sequência de eventos levanta sérios questionamentos:

  • Por que o governo ignorou o alerta da própria controladoria?
  • Quais as justificativas para contratar uma organização com histórico de problemas?
  • Há urgência que justifique a contratação apesar dos riscos?

Transparência em xeque

O caso coloca em evidência a transparência na gestão pública e os mecanismos de controle interno do estado. A situação demonstra uma aparente desconexão entre os órgãos fiscalizadores e as decisões do poder executivo.

Especialistas em administração pública alertam que decisões como esta podem comprometer não apenas os cofres estaduais, mas também a credibilidade do governo perante a sociedade.

Até o momento, o Palácio Guanabara não se manifestou oficialmente sobre as razões que levaram à contratação da ONG investigada.