Campinas debate orçamento de R$ 11,7 bi com foco em educação e saúde
Campinas analisa orçamento de R$ 11,7 bi para 2026

Os vereadores de Campinas iniciaram nesta segunda-feira (24) a análise do Projeto de Lei Orçamentária Anual para 2026, que prevê um investimento total de R$ 11,7 bilhões para a administração direta e indireta do município.

O valor representa um aumento significativo de 8,5% em comparação com o orçamento em vigor em 2025, que foi de R$ 10,8 bilhões. A proposta precisa passar por duas votações no Plenário da Casa antes de ser aprovada definitivamente.

Educação e Saúde Lideram Investimentos

As áreas de educação e saúde continuam sendo as prioridades do Executivo municipal, concentrando os maiores volumes de recursos. A Secretaria de Educação, que inclui a pasta principal e a Fundação Municipal para Educação Comunitária (Fumec), receberá a fatia mais expressiva: R$ 2,649 bilhões.

Já a Secretaria de Saúde, responsável pelo Fundo Municipal de Saúde e pela Rede Mário Gatti (que administra hospitais municipais e unidades de pronto atendimento), terá R$ 2,365 bilhões à disposição.

Áreas com Redução Orçamentária

Enquanto algumas secretarias comemoram aumentos, outras enfrentam cortes significativos. Quatro órgãos do governo municipal apresentaram redução nos valores previstos para 2026 em comparação com o orçamento atual.

As pastas de Cultura e Turismo, Justiça e Habitação estão entre as que terão menos recursos disponíveis no próximo ano. Os encargos gerais do município também sofrerão redução.

Distribuição Detalhada por Secretaria

Confira como ficou a divisão orçamentária proposta para 2026:

Educação (secretaria + Fumec): R$ 2,6 bilhões ↗

Saúde (secretaria + Rede Mário Gatti): R$ 2,3 bilhões ↗

Camprev (previdência dos servidores): R$ 1,9 bilhão ↗

Encargos gerais do município: R$ 1,3 bilhão ↘

Secretaria de Serviços Públicos: R$ 813 milhões ↗

Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social: R$ 417,6 milhões ↗

Secretaria de Transportes: R$ 334,4 milhões ↗

Secretaria de Infraestrutura: R$ 386,1 milhões ↗

Câmara Municipal: R$ 256 milhões ↗

Secretaria de Segurança Pública: R$ 179,9 milhões ↗

Secretaria de Finanças: R$ 172,6 milhões ↗

Secretaria de Cultura e Turismo: R$ 101,2 milhões ↘

Secretaria de Justiça: R$ 83 milhões ↘

Gabinete do prefeito: R$ 90,2 milhões ↗

Secretaria de Habitação: R$ 54,3 milhões ↘

Além disso, os vereadores terão R$ 113,8 milhões destinados às emendas impositivas, com R$ 3,4 milhões para cada parlamentar.

A primeira votação do projeto ocorreu na noite desta segunda-feira, marcando o início do debate sobre as prioridades de investimento para o próximo ano na terceira maior cidade do interior paulista.