
Eis que a Câmara Municipal de Cáceres resolveu chacoalhar o vespeiro. Numa votação que deixou muita gente com os cabelos em pé, os vereadores deram sinal verde para um empréstimo de R$ 25 milhões — isso mesmo, milhões com "m" maiúsculo — destinado à construção de uma usina solar na região.
Enquanto isso, nas ruas... Ah, as ruas contavam outra história. Um bando de moradores, mais indignados que torcedor de time pequeno no dia de clássico, foi pra cima do prédio da Câmara pra protestar. E não era pouca gente não. Dá pra ver nos vídeos que circularam: gente gritando, cartazes sendo erguidos, aquele clima de "alguém vai ter que me explicar isso direito".
O que tá pegando?
Pelo que se entende, a galera não tá muito convencida de que jogar toda essa grana num projeto desses seja a melhor jogada. "Tem tanta coisa mais urgente!", gritava uma senhora nas imagens. E ela tem um ponto — a cidade vive seus perrengues, como qualquer município brasileiro que se preze.
Do outro lado, os defensores do projeto argumentam que a usina vai trazer desenvolvimento e — pasmem — economia a longo prazo. "Energia limpa", "sustentabilidade", "futuro verde"... Toda aquela ladainha que a gente já tá cansado de ouvir, mas que, convenhamos, faz sentido no papel.
E agora?
O negócio é que a bomba já foi armada. A votação passou, o empréstimo foi aprovado, e agora a bola tá com o prefeito, que tem até o dia 5 de agosto pra decidir se sanciona ou veta a proposta. Enquanto isso, a cidade fica nesse clima de novela das nove — será que vai dar ruim? Será que vai dar certo?
Uma coisa é certa: os ânimos não vão se acalmar tão cedo. Quando se mexe no bolso do contribuinte, principalmente com valores que fazem os olhos arregalarem, a poeira só vai baixar quando o último centavo for devidamente explicado. E olhe lá.