
O asfalto de Sobradinho pegou fogo neste fim de semana — literalmente. Pneus cantando, motores rugindo e uma multidão vibrando a cada curva fechada na Copa Brasília de Drift, que transformou o Distrito Federal num verdadeiro palco de adrenalina.
Quem passou pelo local viu de perto o espetáculo: carros deslizando como se dançassem, deixando marcas de borracha e um rastro de emoção. "É como assistir a um balé mecânico", comentou um espectador, os olhos brilhando a cada derrapagem controlada.
Mais que fumaça e velocidade
Por trás do espetáculo pirotécnico sobre rodas, uma causa nobre. Os organizadores — gente que respira automobilismo — usaram o evento para arrecadar alimentos e doações. "Drift com propósito", definiu um dos pilotos, limpando o suor do rosto após uma série impressionante de manobras.
E olha que não foi pouco: toneladas de alimentos já estão a caminho de instituições carentes. Prova de que esporte e solidariedade podem, sim, andar de mãos dadas — ou melhor, derrapar juntos numa curva fechada.
O clima no local
Das arquibancadas:
- Crianças com os olhos arregalados a cada cavalo de potência solto
- Fãs veteranos analisando cada movimento como juízes olímpicos
- E aquela senhora que veio "só dar uma olhadinha" e acabou torcendo mais que os jovens
"Nunca imaginei que um barulho tão alto pudesse me deixar tão feliz", confessou ela, segurando os ouvidos — mas sem perder um segundo da ação.
Os pilotos? Esses pareciam ter nascido com volante nas mãos. Controlavam toneladas de metal como se fossem extensões do próprio corpo, desafiando física e gravidade com uma naturalidade que deixava técnicos e leigos igualmente impressionados.
O futuro do drift na capital
Com sucesso desse tamanho — e um público que lotou cada centímetro disponível —, os organizadores já falam em ampliar. "Isso aqui tem perna pra crescer", garantiu um deles, enquanto ajudava a desmontar a estrutura. "O povo quer mais, e nós vamos entregar."
Enquanto isso, Sobradinho ainda respira o cheiro de borracha queimada e adrenalina. E os menos avisados que se preparem: quando acharem que é um terremoto, pode ser só mais uma edição da Copa chegando para sacudir a cidade.