
Imagine pagar nove vezes mais por uma simples noite de hospedagem do que por uma viagem completa até outro continente. Pois é, caro leitor, essa não é ficção – é a realidade absurda que os participantes da COP30 em Belém vão enfrentar.
Os valores são de cair o queixo. Enquanto uma travessia de luxo até o Mediterrâneo sai por uma fração, uma diária nos cruzeiros ancorados no Rio Guajará durante o evento climático chega a custar… prepare-se… nove vezes mais. Sim, você leu certo.
Comparação que dói no bolso
Vamos aos números concretos, que falam mais que mil palavras:
- Hospedagem no cruzeiro durante a COP30: R$ 4.500 por diária
- Travessia Brasil-Mediterrâneo: aproximadamente R$ 500 por dia
Uma diferença estratosférica que beira o surreal. Quem está organizando isso realmente acredita que temos money tree no quintal?
O paradoxo da sustentabilidade
Eis que a ironia mais cruel: um evento que prega sustentabilidade e consumo consciente oferece hospedagem com preços completamente… insustentáveis. Há quem diga que é o ‘custo da experiência’, mas francamente – isso cheira mais a oportunismo puro.
Os organizadores justificam os valores com a ‘comodidade’ de ficar próximo ao local do evento. Conveniente, não? Mas a pergunta que não quer calar: convenientes para quem exatamente?
Reação nas redes sociais
Nas redes, o assunto já viralizou. Brasileiros de norte a sul expressam sua indignação:
"É de ficar vermelho de raiva! Como cobram tanto por algo que deveria ser acessível?" – desabafa uma usuária no X.
Outros já brincam: "Por esse preço, o cruzeiro melhor incluir mergulho com golfinhos e jantar com o Papa".
Alternativas em terra firme
Para os menos abastados (ou seja, 99% dos mortais), a saída é procurar hotéis em Belém. A boa notícia? A capital paraense oferece opções mais razoáveis – se é que podemos chamar de razoável qualquer preço nessa época.
Mas mesmo assim… os valores estão acima da média habitual. Parece que tudo sobe magicamente quando a COP chega à cidade.
No final das contas, fica aquele gosto amargo de mais uma oportunidade perdida. Era chance de ouro para mostrar ao mundo um Brasil acessível e acolhedor – preferimos seguir na contramão.
Restam as dúvidas: quem realmente vai poder pagar por essas diárias douradas? E o discurso da inclusão… cadê?