Terror Religioso na Paraíba: Terreiro de Candomblé Invadido e Destruído em João Pessoa
Terreiro de Candomblé destruído em João Pessoa

Não foi um acidente. Não foi um incidente casual. Foi um ato de pura violência, meticuloso e cruel, que deixou marcas profundas na comunidade religiosa de João Pessoa. Na manhã desta sexta-feira, 13 – uma data que, para muitos, já carrega seu próprio peso simbólico –, um terreiro de candomblé foi reduzido a escombros e sentimentos de medo.

Imagine a cena: um espaço sagrado, dedicado à paz e à conexão espiritual, completamente violado. Estátuas religiosas, despedaçadas. Tambores ritualísticos, partidos ao meio. E para deixar claro que aquilo não era um roubo, mas uma mensagem de ódio, pichações grotescas nas paredes, um atestado de intolerância.

A Polícia Civil já está a par do caso, tratando o ocorrido com a seriedade que ele merece. Eles confirmaram a invasão e a extensão dos danos, mas, como é de praxe em investigações iniciais, seguem colhendo provas e buscando por pistas que possam levar aos responsáveis. Não há suspeitos, ainda – o que só aumenta a angústia de quem frequenta o local.

O Silêncio que Grita

O pior de tudo? A sensação de insegurança que fica. Se um lugar de fé pode ser alvo de tamanha brutalidade, o que impede que aconteça de novo? Líderes religiosos e defensores de direitos humanos já elevaram a voz, classificando o episódio como mais um capítulo triste na história da intolerância no Brasil. E é difícil discordar.

Esse não é um fato isolado. Longe disso. É um eco assustador de outros casos pelo país, um lembrete amargo de que o respeito às diversidades de crença ainda é, para alguns, uma ideia abstrata – quando não, um alvo.

A pergunta que fica, pairando no ar como fumaça de incenso, é: até quando?

Agora, a bola está com a delegacia. E com a sociedade, que precisa escolher de que lado fica: o do respeito, ou o da destruição.