
Numa daquelas reuniões que podem — ou não — virar capítulo nos livros de história, o Papa Leão XIV sentou-se nesta sexta-feira (26) com um alto representante da Igreja Ortodoxa Russa. O tema? Aquela guerra que não sai do noticiário: o conflito na Ucrânia.
Não foi um chá de cadeira qualquer. O encontro, que durou quase duas horas (tempo suficiente para um café expresso e meia dúzia de desconfortos diplomáticos), aconteceu na Biblioteca Privada do Vaticano — lugar que, diga-se, já viu acordos mais fáceis serem costurados.
O que estava em jogo?
Fontes próximas ao Vaticano — aquelas que falam sob condição de anonimato enquanto tomam um prosecco — sugerem que o pontífice pressionou por um cessar-fogo imediato. Já o lado russo, sempre cheio de rodeios, preferiu falar em "diálogo contínuo" e "interesses geopolíticos legítimos". Traduzindo? Ninguém cedeu terreno, mas pelo menos não jogaram os móveis pela janela.
Curiosamente, enquanto isso:
- O Patriarca Kirill, líder da Igreja Ortodoxa Russa, não apareceu pessoalmente — mandou um enviado especial
- O Vaticano evitou usar a palavra "invasão", preferindo "situação de conflito"
- Nenhum dos lados mencionou sanções ou responsabilizações diretas
E agora, José?
Analistas religiosos — sim, essa profissão existe — estão divididos. Uns veem aí um primeiro passo tímido para mediação. Outros acham que foi só teatro para acalmar as bases. "Entre rezar e resolver, há um abismo", resmungou um especialista que pediu para não ser identificado.
O certo? Que a guerra continua, os discursos também, e o Vaticano insiste nesse papel de mediador que ninguém sabe direito se vai dar em algo. Mas, como dizem por aí, enquanto há diálogo, há esperança — mesmo que mínima.