
Não é segredo pra ninguém que o mercado da música anda sofrendo — e como! Agora, a coisa ficou séria: o setor decidiu bater na porta do consulado dos Estados Unidos no Brasil. O motivo? Um verdadeiro nó nas tarifas que estão estrangulando a cadeia produtiva.
Parece exagero? Longe disso. Quem tá dentro do rolo sabe que os custos subiram tanto que até os grandes players estão sentindo o baque. Instrumentos, equipamentos de estúdio, tudo que vem de fora virou um parto pra importar. E olha que a gente nem tá falando de luxo: é o básico pra fazer música acontecer.
O Desespero por Trás das Cortinas
Conversando com gente do meio, dá pra sentir o desânimo. "A gente virou refém da burocracia", solta um produtor que prefere não se identificar. Ele conta que um simples pedal de guitarra — que custava uns R$ 800 — agora passa dos R$ 3 mil com taxação. "Como é que um artista iniciante vai bancar isso?"
E não para por aí:
- Microfones profissionais com aumento de 200% no preço
- Mesas de som impossíveis de comprar
- Até cabos e conectores viraram artigo de luxo
O pior? Essa crise silenciosa tá matando a diversidade musical. Bandas pequenas, produtoras independentes, estúdios caseiros — todos na corda bamba.
Jogada Diplomática
A estratégia da indústria foi direta: mostrar pros americanos como essa barreira comercial tá ferrando um mercado que deveria ser de mão dupla. Afinal, os EUA também exportam cultura pra cá — e muito!
"É um tiro no pé", comenta uma fonte do Ministério da Cultura que pediu pra não ser nomeada. "Enquanto o mundo discute acesso à cultura, a gente tá criando muralhas onde deveriam haver pontes."
O consulado, segundo relatos, ouviu com atenção. Mas será que vai rolar alguma pressão real? Aí já é outra história…
Efeito Dominó na Cena Musical
Quem acha que isso é problema só de "riquinhos" tá muito enganado. O impacto escorre pra todo mundo:
- Estúdios menores fechando as portas
- Artistas migrando pra equipamentos piratas (com qualidade duvidosa)
- Eventos culturais com menos estrutura técnica
- Gravadoras cortando investimento em novos talentos
E tem mais: a onda do "home studio", que democratizou a produção musical, pode virar passado. Sem equipamentos a preços viáveis, voltamos à era em que fazer música profissional era privilégio de poucos.
Enquanto isso, nas redes sociais, a revolta dos músicos é palpável. "Tá difícil até comprar corda pra violão", postou um artista independente, acompanhado de hashtags de protesto. Outros lembram que, sem ferramentas básicas, a próxima geração de talentos pode nem surgir.
E você, o que acha? Será que o governo — de qualquer lado — vai acordar pra importância da cultura antes que seja tarde demais?